sábado, 21 de janeiro de 2012

NOSSO FUNDADOR

NOSSO FUNDADOR: UM APAIXONADO POR JESUS CRISTO E OS POBRES

As famílias religiosas têm a bonita tradição em reverenciar os fundadores e fundadoras. Eles são vistos como seus pais espirituais. Há mesmo histórias em que fundadores personalizaram ao máximo a atuação na fundação, deixando inclusive pouco espaço para Jesus Cristo, o Senhor que deve ser o centro do carisma. Nosso fundador Pe. Cyzo Assis Lima faz parte de uma outra mentalidade e ele sempre afirma que “O Espírito Santo é o verdadeiro fundador do nosso carisma e de todos os carismas”. Com essa visão ele escolheu como distintivo sacerdotal o dito de Jesus em Lucas 4,18: “O Espírito do Pai está sobre mim e me ungiu para evangelizar os pobres”. Mas Deus age através das mediações humanas, apesar delas serem limitadas e pecadoras. Neste sentido compreendemos que o nosso fundador, não adotando o “culto à personalidade” é alguém que o Senhor escolheu para essa missão: ajudar que mais um carisma nascesse na Mãe Igreja a serviço do Reino de Deus neste mundo. Sua trajetória é bem original e “entre curvas, descidas e subidas” como ele muitas vezes diz, “Deus foi gestando sua história”, que é muito diferente da história da maioria das pessoas, que já possuem um esquema familiar, social e profissional pré-definidos.

Cyzo Assis Lima nasceu aos 21.03.1958. Esse ano foi considerado pelos analistas sociais como o melhor do Séc. XX em todos os aspectos do desenvolvimento social, econômico, cultural, humano e espiritual segundo pesquisa do New York Times em 1999. Casualmente nasceu em Condeúba, região situada mais ao sul do estado da Bahia branca. É o primeiro dos 13 filhos de Gentil Alves de Lima (in memoriam) e Ivone Alves de Lima, sendo nove homens e quatro mulheres. Nas primeiras semanas foi batizado na pequena igreja de São João Batista no distrito de Correias (município de Brumado - Bahia) pelo Revdo. Mons. Antônio Fagundes. Com menos de 60 dias após o nascimento seus pais migraram para o interior de São Paulo onde viveu a primeira infância (zero a sete anos). A família retornou para o estado da Bahia (Brumado e Côcos) onde o menino Cyzo viveu o final de sua infância e sua adolescência não por muito tempo, tendo a família retornado definitivamente para São Paulo, desta vez à capital paulista, onde ele concluiu os estudos de 1º grau e tornou-se operário numa grande e famosa indústria têxtil, no setor de manutenção de máquinas, do bairro Tatuapé. Mais tarde, quando comunicou aos seus chefes que deixaria a empresa para ir ao sul e fazer um trabalho dentro da Igreja, ouviu do engenheiro químico, chefe imediato, responsável por um grande setor na empresa, o seguinte conselho: “Agora, neste momento, eu quadruplico seu salário, mas fique aqui nesta empresa. Um dia você ainda vai ser o diretor dela, pois você tem talento para crescer e liderar, não tenho dúvidas disso”. O jovem Cyzo sentia que algo maior, como no coração do profeta Jeremias, além de dinheiro, posses, carreira profissional e segurança estava traçado pelas mãos divinas para ele. Agradeceu então, educadamente ao generoso engenheiro, sabendo que sua vida estava direcionada para outros contextos ou tramas reinocêntricas. No ano de 1978 a convite do Pe. Orestes João Stragliotto (in memoriam) o jovem Cyzo foi para Caxias do Sul ajudar na equipe executiva do Centro de Orientação Missionária - COM - até o ano de 1982, quando com o Pe. Orestes, mudou-se para São Leopoldo no Vale dos Sinos.

Resumindo, o Rio Grande do Sul tornou-se então a sua terceira terra, onde dos seus 50 anos (1958 – 2008), aqui tem vivido 30. Foi aqui também que ele fez toda a sua formação maior, estudando filosofia, história e teologia na condição de leigo, primando pelo aprofundamento da teologia pastoral e bíblica. Por alguns anos foi professor em colégios dos Irmãos Lassalistas em Caxias do Sul e dos Irmãos Maristas em Novo Hamburgo. Ao lado do trabalho como professor de História Geral estudava teologia não para ser padre, mas para ser teólogo leigo. Após um curso de inglês em São Leopoldo se inscreveu numa universidade em Toronto (Canadá) para lá fazer especialização maior em teologia a pedido do Pe. Arturo Paoli, (Padre de Charles de Foucauld). A relação pessoal e filial profunda com Pe. Arturo, grande místico e homem de visão reinocêntrica fez o jovem Cyzo repensar sua vida, saindo das fileiras da esquerda brasileira, onde atuou como jovem militante marxista para mergulhar a fundo nos trabalhos de evangelização voltada para o grito e a realidade dos pobres, residindo inclusive em favelas e periferias e aplicando na prática, junto com outros amigos, a opção pelos pobres proclamada pela Conferência de Puebla. Viveu no final dos anos 70 um pequeno exílio de 6 semanas em Montevidéu (Uruguai), refugiando-se numa paróquia, por exigência do Pe. Orestes Stragliotto. O fato aconteceu devido ter descoberto que seu nome e fotos constavam em arquivos secretos do SNI – Serviço Nacional de Inteligência. Na época havia boatos que se a chamada “linha dura” ganhasse o comando do exército brasileiro, 30 mil brasileiros já fichados seriam eliminados, como fizeram os militares argentinos e chilenos que geraram milhares de desaparecidos. Felizmente a política de “distenção” (democratização) adotada pelo presidente militar Ernesto Geisel foi levada a cabo até o fim.

Foram 12 países latino-americanos, onde por 5 anos, o jovem Cyzo marcou presença de trabalho eclesial, vindo inclusive a fazer parte da coordenação do 1º Simpósio de Teologia Pastoral do Cone Sul (1984) realizado na Bolívia e com total apoio da parte de Dom Ivo Lorscheiter. Mais tarde, como presbítero recém ordenado, viajou a trabalho por 7 nações européias, vindo em algumas delas estabelecer relação duradoura e solidária em prol dos pobres que perdura até os dias atuais.

Ao lado da formação e do seu amadurecimento humano e existencial, o jovem Cyzo assumiu diversos serviços voltados para a chamada “evangelização socialmente engajada”. Neste tempo, a serviço da nova reflexão teológica (Fé e Vida) e ecumênica, pode viajar a trabalho por quase toda a América Latina, em contatos e articulações com vários centros teológicos.

No dia 12.12.1987, Dia de Nossa de Guadalupe, na Catedral São João Batista, em Santa Cruz do Sul, foi ordenado por Dom Sinésio Bohn como o primeiro Padre da nascente Fraternidade Apostólica da Palavra, hoje FARTERNIDADE PALAVRA E MISSÃO. No ano seguinte Dom Sinésio criou a Paróquia Espírito Santo, confiando ao jovem padre Cyzo a direção da mesma como pároco. Nessa paróquia o jovem padre deu o melhor das suas forças, criando várias comunidades em periferias onde antes a Igreja não se fazia presente e levando para dentro da pastoral de manutenção a realidade e a dor dos pobres. O jovem padre acolheu na casa paroquial homens de rua que ele mesmo cuidou dando banho, fazendo curativos, alimentando-os e zelando pelos direitos básicos dos mesmos frente à saúde pública e ao poder judiciário. Desta fraterna acolhida nasceu o atual Programa Lázaros de Betânia que funciona na Casa Irmãos Koch no Vale de Nazaré.

Um marco muito importante foi a criação da Festa do Divino, que em 2009 completará 20 anos sem nenhuma interrupção. Tal festa valorizou a cultura popular e nasceu com um jeito bem ecumênico, onde confissões cristãs e expressões religiosas de raízes afro, indígena e gaúcha, encontraram nela acolhida e forma de se manifestar. Na Festa do Divino se criou uma fusão saudável entre o tradicional e o novo, valorizando a presença maciça da juventude em seus diversos programas culturais e evangelizadores. Sendo padre numa realidade onde predomina a cultura germânica, procurou estudar com muito esforço a língua alemã. Por falta de tempo não pode aprofundá-la devidamente, mas comunica-se razoavelmente bem no nível básico e até mesmo rezou por algum tempo na comunidade matriz a santa missa em alemão valorizando as pessoas que ainda falam o idioma, mesmo na maioria das vezes dialetizada e com forte mutação literária.

“meus caminhos de hoje são os mesmos de ontem.
O que é novo em mim é o jeito de caminhar”

Os sofrimentos que Pe. Cyzo tem passado nesses 20 anos vieram muito mais de dentro de espaços eclesiásticos. Ele acredita que é crueldade haver no clero condenação sem antes ouvir o irmão acusado, agindo bem ao contrário do evangelho de Jesus (Mt 5, 23-24). É pena que o grande sermão do monte, não consiga muitas vezes, descer e fazer morada nos corações. Até hoje, por não ter nada em seu próprio nome (e antes de ser padre tinha seu salário, seu carro, sua casa, sua profissão e sua própria manutenção), não compreende que o clero permita homens que venham ao seu seio para simplesmente se aburguesar e buscar conforto material, quando na verdade o ser clero deveria sempre ser serviço ao povo de Deus, especialmente aos mais pobres e sofredores.

Na Fraternidade os primeiros membros são considerados pelo Pe. Cyzo também “como co-fundadores” desta obra que serve a Igreja há 22 anos. Ele sempre diz que “um carisma jamais será empreendimento de uma pessoa só” por mais qualificada que seja. É a soma de muitas vidas, corações e paixões reinocêntricas que realizam efetivamente uma fundação espiritual. É natural que alguém tome a frente, tenha a “visão” ou a “escuta do Alto”, porém conseguirá pouco se agir só. E é neste sentido que os membros da 2ª geração da Fraternidade compreendem que coube ao Pe. Cyzo a iluminação espiritual para que a Fraternidade pudesse nascer e se firmar a serviço do evangelho. Ao que se diga, ser fundador significa:

- Ter um largo coração;
- Buscar na interiorizaçao da Palavra, na mesa da eucaristia e na dor dos pobres a justiça do rosto de Deus;
- Ser perseguido e jamais alimentar raiva ou revanche;
- Saber pedir fraternalmente perdão quando descobre que errou ou machucou;
- Ter muitas noites em claro e cada dia renovar a confiança em Deus;
- Fazer da perseverança o pão de cada dia, mesmo frente a dificuldades humanamente intransponíveis;
- Ser irmão (ou pai) de todos e todas em qualquer situação, nos bons e difíceis momentos;
- Procurar ser justo, apesar dos limites e pecados e ter consciência disso;
- Aprender com o sofrimento que a humildade é fecundadora;
- Amar a Igreja apesar de dentro dela nem sempre ter tido os devidos apoios;
- Em oração dobrar os joelhos ao chão para o Deus Providente todos os dias;
- Gerar fraternura entre os irmãos e irmãs e conduzir os mais difíceis a crescerem, aplicando a firmeza com ternura;
- Aprender que a palavra “nunca” e “medo” impedem a ação do Espírito Santo;
- Trabalhar como um “burro sem dono” e sacrificar a própria saúde pela vida do carisma;
- Jamais tirar férias e não ter direitos a certos deleites;
- Engolir “sapos” e apesar disso, saber rir e nunca perder a paixão reinocêntrica;
- Sacrificar um momento de descanso em troca da leitura de um livro ou a escrita de um texto;
- Ir ao encontro de realidades dolorosas onde muitos delas fogem;
- Apesar dos pecados sentir-se amparado cada dia pelo amor de Deus;
- Saber que Maria, a Mãe de Jesus, é a presença intercessora cada dia na sua vida e missão;
- Confiar sempre no ser humano mesmo sabendo que poderá receber ingratidão e traição;
- Ir ao encontro de pessoas quando outros no seu caso levariam “fuzil” e não flores;
- Nunca esquecer que a oração do Pai Nosso tem a 2ª parte que é o Pão Nosso;
- Dizer cada dia que não somos insubstituíveis;
- Acreditar piamente que Deus trabalha mais no turno da “noite” (João 5,17);
- Alimentar sempre a alma e a mente no Espírito que unge e encoraja.

Todas estas descrições denotam que Pe. Cyzo é de fato um fundador.

Na convivência com ele descobrimos seu caráter extremamente fraterno. Para ele é sempre uma alegria quando o tempo permite ir à cozinha e preparar calmamente uma saborosa refeição para a comunidade fraterna. Apesar de uma pauta de trabalho sufocante, é rara a semana que ele não faça isso. Alegra-se imensuravelmente quando está à mesa com os irmãos e irmãs partilhando uma refeição sem pressa e que possa cada um sentir-se a vontade até mesmo para falar obviedades. Na casa onde Pe. Cyzo reside há duas mesas redondas, uma grande e outra menor. São nelas, símbolo do Reino que não é piramidal, onde ele vive de uma forma não verbal a Palavra de Deus na unção entre os irmãos, irmãs e os amigos de caminhada. Pe. Cyzo sempre gasta muita saliva na formação dos jovens dentro da Fraternidade com o capítulo 13,1-17 do evangelho de João, e insiste especialmente nas duas dimensões fraternais do versículo 17 sobre a prática diário do amor fraterno.

Ele nunca buscou fazer uso de qualquer status ou de amizades, inclusive em esferas altas da hierarquia da Igreja onde tem amigos aqui no Brasil e no exterior. Poderia aproveitar alguns canais para dar passos maiores e se fazer escutar. Mas ele sempre diz: “A obra é de Deus e o que poderia fazer Jesus nesta situação? Não creio que Jesus iria apelar para benesses ou jeitinhos de qualquer espécie”. Mesmo tendo recebido títulos diversos e prêmios nesses 21 anos de ministério, como reconhecimento de sua missão solidária pelos pobres e pela construção de uma Fraternidade de vida mista nestes tempos de introspectividade na Igreja, nunca fez uso dos mesmos para qualquer beneficio.

Registramos ainda que ele recebeu o título de cidadão santa-cruzense na década de 90 concedido pela Câmara de Vereadores da cidade. Para ele foi um sofrimento o dia que teve que ir à Câmara buscar tal prêmio. Nem sequer tinha uma roupa adequada para o evento, tendo que vestir já no memento do evento um blazer de um amigo que o convenceu a fazer isso para cumprir protocolos do legislativo. Na fala de agradecimento aos vereadores e a comunidade presente, apresentou a bíblia sagrada pessoal como o caminho que ele percorre cada dia para chegar aos pobres e sofredores e para gerar fraternização nas múltiplas relações nem sempre fáceis. Outro símbolo apresentado foi uma miniatura de um jumentinho que tem como o seu animal símbolo desde a sua juventude.

Pe. Cyzo sofre por não ter podido continuar estudando. Quando estudou filosofia aprofundou o conceito de liberdade hegeliana e navegou por muitos autores do materialismo histórico. Quando descobriu a beleza da leitura libertadora da Bíblia, devorou dezenas de grandes autores católicos e protestantes no campo da exegese e espiritualidade bíblica. Mas ele sabe que jamais poderia levar adiante a obra da Fraternidade se tivesse que também fazer algum mestrado ou doutorado. Ele tem a missão de ser “pai e mãe” cada dia na Fraternidade e sabe-se que os pais sempre são os que se sacrificam pelo melhor para seus filhos. Mas é um estudioso por natureza. Mensalmente lê pelo menos de 3 a 5 livros, o que dá uma média de mais de 40 livros por ano. Literatura voltada para os temas de formação para a Vida Consagrada é leitura diária e permanente. Entra aí não só materiais de cunho religioso e espiritual, mas também de psicologia comportamental, saúde, ciências sociais, metodologia e fenômenos em grupos, exegese bíblica que sua estante não deixa a desejar a muitos exegetas dentre outros. Lê sempre algum romance e recentemente acabou de ler Ulisses de James Joyce, um clássico da literatura moderna. Recentemente fechou um grande círculo de leitura com temas voltados para a tera-tanatologia. Tem se interessado por este tema e também tem ajudado que muitas pessoas encarem a morte como a irmã amiga que uma hora nos acolherá para a continuidade de nossas existências no gáudio do Senhor, se dele formos merecedores. Talvez por ser um homem de leitura, desenvolveu uma formação interior embasada em valores maiores e sofre tanto pelos seus próprios pecados quanto pelos de outros. Ele é intolerante com gente que não gosta de estudar, de ler, ou que faz estudo de forma superficial e acrítica. Sabe que a TV brasileira, na grande maioria dos canais, tem contribuído para uma sub-cultura ou bestialização de pessoas. Por isso educa na Fraternidade para que as pessoas saibam separar o trigo do joio diante da pobre TV que tem nosso país com poucas exceções.

Quando tem algum tempo também escreve e prepara assessorias e nos últimos anos deixou de aceitar muitos convites para melhor dedicar aos cuidados internos da vida e missão da Fraternidade. São vários textos que no passado foram publicados em publicações tais como: Revista de Estudos Bíblicos da Editora Vozes, Revista de Estudos Teológicos da Escola Superior de Teologia (IECLB) e um ano inteiro escreveu mensalmente na Revista Mundo Jovem da PUC de Porto Alegre. Muitos textos foram disponibilizados para grupos e religiosos.

Cada semana baixa pelo menos 5 artigos da internet devidamente garimpados e alguns repassa a uma lista de amigos que são presenteados por análises e textos, muitos traduzidos do New York Times e Le Monde. Desde jovem é leitor assíduo da Folha de São Paulo e nunca fica uma semana sem ler pela internete ao menos 3 editoriais desse jornal e a Folha Ilustrada para estar por dentro da produção cultural no país. Há quase 3 anos mantém seu Blog no ar, sempre atualizado, mesmo estando em estressantes viagens. O Blog, que é um canal oficioso do Pe. Cyzo tem se tornado um meio de contato com centenas de pessoas que tomam parte da vida e missão da Fraternidade. Muitos copiam as mini-meditações do Pe. Cyzo e algumas fotos que ele hospeda com objetivo de meditação e interiorização. O Blog em menos de 3 anos e já passa de 25 mil visitas. Sendo um Blog de um clérigo que não tem pretensão midiática nenhuma podemos considerar que o número de visitantes tem sido significativo.

Por fim, ele rejeita energicamente as atitudes querelantes e de melindres, quando essas aparecem na comunidade fraterna, muitas vindas por pessoas que vem de outros caminhos e não querem de fato encarar os desafios que é a construção de um carisma o mais próximo que puder do santo evangelho. Jamais tem tolerância para a preguiça tanto nele como nos demais da comunidade de vida fraterna. Ensina sempre que na verdade está Cristo: “Eu sou o caminho, a VERDADE e a vida” (João 14, 6). Também não descuida da ação de satanás. Cada dia ele lembra que não se pode descuidar das diatribes e das malvadezas diabólicas. Cita sempre o provérbio popular: “O diabo é grande, mas Deus é maior” e ainda: “Mais tem Deus para dar que o diabo para carregar”. Conhece melhor os malefícios do diabo após ter lido calmamente num espaço de 2 anos toda a obra literária de Santa Teresa de Ávila. Descobriu nesta grande mística e doutora da Igreja o caminho mais eficaz para encarar cada dia as forças contrárias ao serviço a Jesus. Esta frase de Teresa de Ávila é concreta na vida e missão do Pe. Cyzo: "Parece Senhor, que provais com rigor quem vos ama, para que no extremo do SOFRIMENTO se perceba o extremo ainda maior de vosso AMOR". E com Teresa e o apóstolo Paulo Pe. Cyzo fez desta frase sua síntese e sempre proclama com voz firme e serena: TUDO É GRAÇA!

*Relato revisado pelo Pe. Adalberto Ronconi,fpm e Irmã Aline Girelli,fpm

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